Segundo Preti (1996), o crescente número de pessoas que não tem acesso a uma formação, devido às desigualdades sociais existentes principalmente em países da América Latina, contrasta com a evolução tecnológica e com as exigências cada vez mais freqüentes pela formação e qualificação profissional para o mundo do trabalho. Se por um lado, existe a defasagem
no que se refere à formação, os avanços tecnológicos da informação e da comunicação provocam divergências entre as capacidades exigidas para atender a demanda do mundo do trabalho com os conhecimentos que a maioria dos trabalhadores dispõe. Disso decorre a emergência quanto ao
acesso à formação e à atualização de conhecimentos, mediante uma educação e uma formação contínua e permanente de jovens e adultos.
São múltiplas as possibilidades de se fazer EaD, e as vantagens são inequívocas. Como enfatiza a UNESCO, a educação a distância pode ser um mecanismo de extrema valia no oferecimento de oportunidade de acesso a uma formação acadêmica e profissional de qualidade para a vida e de modo permanente, ou seja, por toda a vida (NISKIER, 1999).
Como prática educativa, a Educação a Distância (EaD) se constitui em alternativa eficiente às amplas e diversificadas necessidades de qualificação de pessoas adultas. Assim, contando com o apoio dos avanços das tecnologias da informação e comunicação, é capaz de minimizar essa
discrepância atendendo as demandas atuais de formação e de qualificação (PRETI, 1996).
O desafio para a adoção e o despertar de que a EaD é um recurso valioso de promoção da cidadania por meio do acesso e equidade de educação, requer que as instituições de ensino re-orientem ou re-configurem suas propostas pedagógicas, de modo a oferecer um cenário favorável aos que irão interessar-se pela modalidade. Requer ainda que os projetos sejam orientados e organizados de modo a acompanhar o mundo em transformação, utilizando os mecanismos oferecidos pelo desenvolvimento científico e tecnológico da informática e da comunicação.